Alexandre de Moraes determinou nova perícia médica em Augusto Heleno, exigindo bateria completa de exames neurológicos em até 15 dias. A defesa apontou Alzheimer, mas divergências nas datas do diagnóstico alimentaram ainda mais a pressão sobre o caso. A Procuradoria-Geral se manifestou pela domiciliar, citando idade avançada e quadro clínico grave.
Aos 78 anos, o general cumpre pena no Comando Militar do Planalto desde 25 de novembro. Mesmo assim, antes da prisão mantinha rotina de atividades físicas, revelada pela imprensa. O episódio expõe a insistência do Tribunal em medidas extremas que, para muitos, ultrapassam a razoabilidade.
A exigência de nova perícia amplia a sensação de descompasso entre rigor judicial e proporcionalidade. A discussão agora gira em torno da real necessidade de manter um idoso com quadro neurodegenerativo em regime tão severo, enquanto cresce a percepção de que decisões têm sido aplicadas com pesos distintos.
