Segundo a organização não-governamental (ONG), 391 drusos estão entre os mortos, incluindo 146 combatentes e 245 civis. Deste total, 165 drusos foram “executados sumariamente por membros dos ministérios da Defesa e do Interior” da Síria nos primeiros dias dos combates.
Entre os mortos estão também 287 membros das forças governamentais e 21 combatentes beduínos sunitas, assim como três civis “executados sumariamente por combatentes drusos”, segundo o OSDH.
Além disso, 15 membros das forças governamentais foram mortos em ataques israelitas na Síria, referiu a ONG.
O balanço anterior divulgado pelo OSDH indicava que cerca de 600 pessoas já tinham morrido na violência intercomunitária.
Os confrontos começaram no domingo passado entre combatentes drusos e tribos beduínas na cidade de Sweida, no sul da Síria, antes da intervenção das forças do governo sírio, acusadas de também terem combatido os grupos drusos.
A situação levou Israel, que apoia os drusos, a bombardear alvos de tropas governamentais em Sweida e até a sede do Ministério da Defesa sírio em Damasco, ameaçando adotar novas medidas para proteger membros da minoria drusa. As tropas governamentais deslocadas para Sweida na terça-feira já foram desmobilizadas e o Governo passou a responsabilidade da segurança da região para grupos e autoridades religiosas locais.
Entretanto, novos confrontos armados foram registados na sexta-feira à noite na entrada oeste de Sweida, no sul da Síria, entre tribos locais e fações drusas entrincheiradas na cidade.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) indicou que quase 80.000 pessoas fugiram das suas casas na província de Sweida, na sequência da violência.
As autoridades sírias que derrubaram o regime do ex-presidente Bashar al-Assad em dezembro, lideradas pelo grupo militante islâmico sunita Hayat Tahrir al-Sham (HTS), prometeram estabilizar a situação.
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