A polícia alemã referiu “perturbações da ordem pública”, incluindo atos de ‘resistência’ à polícia, com arremesso de garrafas, o espancamento de pessoas, bem como palavras de ordem antissemitas e “a utilização de símbolos de organizações inconstitucionais e terroristas”, de acordo com uma publicação na rede social X.
Apesar de várias intimações, os organizadores não conseguiram restabelecer a ordem entre participantes da manifestação, que contou cerca de 10.000 manifestantes, acrescentou a polícia.
Os manifestantes responderam a um apelo do movimento “Orgulho Queer Internacionalista pela Libertação”, que defende “uma luta anti-imperialista, anticolonial e anti-sionista”, segundo o seu ‘site’.
A manifestação decorreu em paralelo com a marcha Pride, que se realizava noutra zona da capital alemã.
A polícia disse que foram efetuadas 64 detenções por “insultos, agressões, ferimentos e utilização de símbolos de organizações anticonstitucionais e terroristas”, sem mais pormenores.
Além disso, teve lugar uma contramanifestação de extrema-direita contra a marcha Pride, na qual participaram cerca de 20 pessoas.
A polícia disse ter detido 20 pessoas ligadas a este movimento.
Berlim é regularmente palco de manifestações ligadas à guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do movimento islamita palestiniano Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, no qual morreram 1.200 pessoas e cerca de 200 foram feitas reféns.
A resposta israelita causou mais de 59.000 mortos no território palestiniano, segundo os dados do Ministério da Saúde do Hamas.
Em junho passado, o Conselho da Europa chamou a Alemanha à ordem, acusando-a de impedir a liberdade de manifestação a favor dos palestinianos na Faixa de Gaza.
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