A Polícia Federal está prestes a indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos em um suposto plano de golpe de Estado que se desenrolou após as eleições de 2022. Entre os nomes que devem ser incluídos no indiciamento estão os ex-ministros Augusto Heleno e Braga Netto, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem. A lista dos indiciados deve ser encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda nesta quinta-feira (21). As acusações contra os indiciados incluem crimes como tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa.
A Operação Contragolpe resultou na prisão de cinco indivíduos que estavam envolvidos em um esquema para obstruir a posse de Lula e limitar a atuação do Judiciário. O plano, que era bastante audacioso, contemplava até a execução de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, além de um ataque ao ministro Alexandre de Moraes. Durante as investigações, a PF encontrou documentos que revelaram um planejamento meticuloso, que incluía estratégias para monitorar a segurança de Moraes e um arsenal de armamentos.
Os militares detidos estavam elaborando métodos para eliminar os alvos, utilizando explosivos ou veneno, levando em conta a fragilidade da saúde de Lula. As discussões sobre o plano ocorreram na residência de Braga Netto, onde foi delineado um “planejamento operacional” para a execução das ações. A PF também identificou conversas que sugeriam a criação de um gabinete de crise, com o objetivo de restaurar a legalidade e a estabilidade institucional.