A Procuradoria-Geral da República pretende denunciar Jair Bolsonaro até o fim de fevereiro, em mais um capítulo da perseguição contra o ex-presidente. Baseado em um relatório da Polícia Federal, o caso ainda não foi formalmente enviado ao Supremo Tribunal Federal, mas já mobiliza ministros que, ao que tudo indica, buscam um desfecho conveniente para os interesses do governo atual. A acusação de “trama golpista” nada mais é do que uma tentativa desesperada de criminalizar a oposição e desviar o foco dos problemas do país.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, admitiu que o caso exige análise cuidadosa, mas a pressa em transformar um documento de mais de 800 páginas em denúncia sugere uma motivação política evidente. Bolsonaro já negou qualquer envolvimento em ilegalidades, mas seu nome segue sendo alvo de um cerco jurídico que atinge também figuras de seu governo, como Braga Netto e Augusto Heleno, com o claro objetivo de minar qualquer resistência ao atual projeto de poder.
A denúncia será analisada por Alexandre de Moraes, ministro que acumula decisões polêmicas e frequentemente alinha suas ações aos interesses do governo. O uso das instituições para sufocar adversários políticos já não é mais disfarçado, transformando a justiça em um instrumento de vingança. Enquanto Bolsonaro segue sendo atacado sem provas concretas, os verdadeiros problemas do país são deixados de lado, revelando a prioridade de quem hoje ocupa o poder.
