Agentes do FBI entraram com uma ação judicial contra o Departamento de Justiça, buscando impedir a divulgação de uma lista que contém os nomes dos funcionários envolvidos nas investigações relacionadas ao ex-presidente Donald Trump e ao ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Os servidores expressam preocupações sobre possíveis retaliações caso suas identidades sejam reveladas. A origem das ações legais remonta a um pedido do vice-procurador-geral interino, Emil Bove, que requisitou ao FBI uma relação dos agentes que participaram dos casos. Essa solicitação gerou um clima de apreensão, com muitos temendo demissões em massa. Agentes anônimos relataram que a divulgação da lista poderia torná-los alvos de indivíduos que foram recentemente perdoados por Trump.
Uma das ações judiciais destaca uma postagem de Enrique Tarrio, ex-líder do grupo extremista Proud Boys, que pediu a prisão de um agente do FBI que havia testemunhado contra ele. Em resposta, os funcionários do FBI solicitaram uma ordem judicial para barrar a divulgação dos nomes, temendo por sua segurança. O memorando de Bove, que também incluiu a demissão de oito altos funcionários do FBI, intensificou a tensão entre os agentes. Trump, por sua vez, ameaçou dispensar membros de alto escalão da instituição, e informações indicam que o governo teria sugerido que, caso não renunciassem, seriam demitidos, o que pode ser considerado ilegal.
O governo está se preparando para demitir diversos membros do FBI, incluindo diretores assistentes executivos e diretores dos escritórios de Los Angeles e Miami. Essas demissões afetariam diretamente os agentes que participaram das investigações sobre Trump e do ataque ao Capitólio, sendo que Trump já havia perdoado quase 1.500 pessoas envolvidas no incidente. Além disso, um questionário foi enviado aos funcionários para avaliar sua participação nas investigações, o que gerou ainda mais alarme entre os servidores. O FBI já havia fornecido informações pessoais de cerca de 5.000 funcionários, identificados apenas por códigos, e o diretor interino, Brian Driscoll, reconheceu que a situação continua a causar preocupação entre os membros da instituição. Ele enfatizou que o FBI se preocupa com a segurança e a integridade de seu pessoal.
Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA