O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta sexta-feira (21) o bloqueio total da plataforma Rumble no Brasil. A decisão ocorre após a rede social se recusar a indicar um representante legal no país, o que serviu de pretexto para a medida drástica. O magistrado justificou a ordem alegando “descumprimentos reiterados” das determinações judiciais, reforçando seu histórico de intervenções no ambiente digital.
O impasse começou quando Moraes exigiu que o Rumble removesse conteúdos e bloqueasse perfis, incluindo o do jornalista Allan dos Santos. A empresa, sediada no Canadá, afirmou que seus advogados no Brasil não tinham poderes legais para atender às ordens, o que desencadeou a retaliação. A decisão do ministro também ecoa medidas anteriores contra redes sociais que oferecem espaços alternativos para o debate público, longe do controle ideológico dominante.
A reação foi imediata: o Rumble e o Truth Social, plataforma de mídia de Donald Trump, ingressaram na Justiça norte-americana contra Moraes, acusando-o de censura e violação da Primeira Emenda dos Estados Unidos. Enquanto isso, a decisão reforça um cenário preocupante para a liberdade de expressão, com plataformas sendo cerceadas sempre que não se submetem ao arbítrio estatal. Resta saber até quando essa escalada autoritária seguirá sem resistência à altura.
