Em um editorial surpreendente, o Partido da Causa Operária (PCO) detonou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro, classificando-a como uma peça de repressão política. Segundo a legenda, o Brasil não teve tanques nas ruas, pressão internacional ou qualquer movimentação concreta que justificasse a narrativa de tentativa de golpe de Estado. O partido critica a criminalização de opiniões e denuncia o avanço de medidas “ilegais e inconstitucionais” por parte da PGR.
O texto, publicado no portal do partido, alerta para uma escalada autoritária que transforma críticas políticas em crimes. “Uma liderança criticar a atuação de ministros ou o sistema eleitoral não pode ser tratado como integração a um plano golpista”, destaca o editorial. Para o PCO, a denúncia da PGR é baseada exclusivamente em delatores e em conjecturas, ignorando qualquer necessidade de provas concretas.
A postura da PGR, segundo o partido, reforça o cerceamento de direitos e a instrumentalização das instituições para sufocar adversários. Em vez de um golpe de Estado por parte de Bolsonaro, o que se desenha é um avanço preocupante sobre as liberdades individuais e uma tentativa de moldar o debate público pelo medo e pela censura. O caso expõe uma nova fase de perseguição política no Brasil.
