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Grávida mantida em morte cerebral devido a lei anti-aborto já deu à luz

Nasceu o bebé da mulher norte-americana em morte cerebral que foi mantida viva até dar à luz, devido à lei que proíbe o aborto no estado norte-americano da Geórgia. 

 

Adriana Smith, de 30 anos, deu à luz no dia 13 de junho a um menino, chamado Chance. O bebé nasceu através de cesariana, aos cerca de seis meses de gestação, com apenas 850 gramas.

Segundo a família, Chance está agora a “lutar pela vida”, mas mantém a esperança de que sobreviverá.

A história de Adriana, recorde-se, começou em fevereiro de 2025, quando esta deu entrada num hospital com fortes dores de cabeça. O que inicialmente parecia um sintoma comum acabou por se provar ser algo mais grave. Adriana foi diagnosticada com coágulos sanguíneos no cérebro, que evoluíram para a morte cerebral.

A mulher estava grávida de apenas nove semanas sendo que, contra a vontade da família, foi mantida viva, ligada a máquinas de suporte de vida,  durante mais de 30 semanas. “É uma tortura”, afirmou a mãe da Adriana na altura.

EUA. Grávida em morte cerebral mantida viva sob lei que proíbe aborto

Os profissionais de saúde planeiam manter Adriana viva até às 32 semanas de gestação. Contudo, informaram a família que o feto tem líquido no cérebro e que estão preocupados.

Daniela Filipe | 08:10 – 16/05/2025

Recorde-se, o governador republicano Brian Kemp legislou a proibição quase total do aborto em 2019, que só entrou em vigor com a reversão de Roe v. Wade, em 2022.

A lei estabelece, assim, que a interrupção da gravidez é ilegal após seis semanas, ainda que algumas das exceções incluam a proteção da vida e da saúde da mulher, casos de violação e de incesto documentados junto das autoridades, e anomalias fetais.

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