O chefe do gabinete de segurança da milícia iraquiana Kataib Hezbollah, apoiada pelo Irão, Abu Ali al-Askari, sublinhou que as bases norte-americanas no Médio Oriente podem transformar-se em “campos de caça aos patos” e ameaçou perturbar a situação nos portos petrolíferos do Mar Vermelho.
“Reafirmamos, de forma clara, que se os Estados Unidos entrarem nesta guerra, o ‘demente’ [Presidente dos Estados Unido]), Donald Trump vai perder os milhões de dólares que sonha arrancar desta região. Foram estabelecidos planos operacionais nesse sentido”, disse ainda Abu Ali al-Askari.
Na mesma linha, o secretário-geral da milícia Harakat Hezbollah al-Nujaba, Akram al-Kaabi, ameaçou que nenhum soldado ou diplomata norte-americano estará a salvo se o líder supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, for assassinado.
As declarações dos dirigentes das milícias iraquianas apoiadas pelo Irão foram transmitidas pela estação de televisão curda Rudaw.
As ameaças ocorreram depois de o ayatollah Ali Sistani, a mais alta autoridade religiosa xiita no Iraque, ter alertado contra qualquer ataque contra a liderança religiosa e política do Irão.
Al Sistani, nascido em 1930 na cidade iraniana de Mashhad, no nordeste do Irão, é uma figura política e religiosa do Iraque e, nos últimos anos, tem desempenhado um papel de mediador nas numerosas crises no país.
Entretanto, o influente clérigo iraquiano Muqtada al-Sadr apelou ao governo de Bagdade para não se envolver no conflito.
No passado dia 13 de junho, Israel lançou uma vaga de ataques contra instalações nucleares iranianas e zonas residenciais de Teerão.
As autoridades do Irão estimam o número de mortos em mais de 224 pessoas e “milhares de feridos”.
Em Israel, pelo menos 24 pessoas foram mortas em ataques de retaliação iranianos.
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