Internacional

Putin defende direito do Irão a programa nuclear “pacífico”

“O Irão tem direito a desenvolver programas para o uso de tecnologías nucleares com fins pacíficos”, declarou Putin, em entrevista à Sky News Arabia.

 

“Como em anos anteriores, a Rússia está disposta a dar a assistência e o apoio necessários para isso”, acrescentou.

Putin, após recordar que o seu país se opõe à proliferação de armas de destruição massiva e de manifestar-se contra a ideia de que o Irão acabe por fazer uma arma nuclear, sublinhou as conclusões do mais recente relatório sobre o Irão publicado pela agência nuclear da ONU, um documento que não contém prova alguma de que o Irão está a usar o programa nuclear para tal efeito.

O seu próprio país, acrescentou Putin, informou Israel, “em repetidas ocasiões”, de que não há prova alguma de que o Irão esteja a desenvolver uma arma de destruição massiva, nem de que esteja a tentar obter alguma por outros meios.

Sobre o conflito que eclodiu há uma semana, Putin recomendou tanto a Israel como à República islâmica que participem num processo de negociação para resolver uma crise que já adquiriu um alcance regional.

“Há detalhes a este respeito que, considero, podem e devem negociar-se”, assegurou o Presidente russo.

O Irão lançou cinco mísseis esta madrugada contra território israelita, que fizeram soar as sirenes no centro do país, incluindo Tel Aviv, sem causar vítimas mortais ou feridos, anunciou o Exército, em comunicado.

“Há pouco, as Forças de Defesa de Israel (FDI) identificaram mísseis lançados do Irão para o território do Estado de Israel. Os sistemas defensivos estão operacionais para detetar a ameaça”, informou o Exército quando em Tel Aviv começaram a ouvir-se explosões causadas pela interceção dos mísseis.

Os bombardeamentos israelitas no Irão já mataram mais de 600 pessoas (incluindo pelo menos 200 civis), segundo um grupo de defesa dos direitos humanos com sede em Washington, enquanto 24 pessoas foram mortas em Israel.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

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