Emmanuel Macron falava no início de uma reunião do Conselho de Defesa e Segurança Nacional (CDSN) – um órgão nacional que inclui ministros e outros altos funcionários – que foi convocado após os ataques militares norte-americanos da noite passada contra alvos do programa nuclear iraniano.
O Presidente, que durante todo o dia esteve em contacto com dirigentes da região (como os do Qatar, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, mas também o Presidente iraniano Masoud Pezeshkian) e de vários países europeus, reconheceu que estes ataques “abrem uma nova etapa”.
“A retoma das conversações diplomáticas e técnicas é a única forma de atingir o objetivo que todos perseguimos, que é o de que o Irão não possa adquirir armas nucleares, mas também que não haja uma escalada na região”, disse.
De acordo com o Presidente francês, as conversações diplomáticas deveriam abordar tanto o desanuviamento no contexto do atual conflito como o desmantelamento do programa de armas nucleares do Irão.
O resto da reunião do CSDC decorreu à porta fechada, mas fontes do Palácio do Eliseu deram a conhecer à imprensa a lista de prioridades definidas no final da reunião.
De acordo com o que foi afirmado durante o dia, a França procurará garantir a segurança de todos os seus cidadãos no Irão e em Israel e a libertação dos dois cidadãos franceses detidos no país persa desde 2022, um casal acusado de espionagem durante uma viagem de turismo.
Quanto ao trabalho de desanuviamento, será realizado em colaboração com os parceiros do E3 (ou troika europeia, que junta a França, Alemanha e Reino Unido) e centrar-se-á igualmente na “procura de uma via diplomática para assegurar o controlo dos programas nuclear e balístico do Irão”.
Por último, as prioridades francesas incluirão a segurança dos dispositivos diplomáticos e militares franceses no Médio Oriente e a manutenção de uma “vigilância reforçada da segurança interna”.
“O Presidente da República também pediu que nos mantenhamos totalmente mobilizados para alcançar um cessar-fogo em Gaza o mais rapidamente possível e para apoiar a Ucrânia face à agressão russa”, acrescentaram as fontes.
A reunião contou com a presença, entre outros, do primeiro-ministro François Bayrou, do ministro da Defesa Sébastien Lecornu, do ministro dos Negócios Estrangeiros Jean-Noël Barrot e do ministro do Interior Bruno Retailleau.
Emmanuel Macron convocou uma nova reunião do CDSN para terça-feira.
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