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Ucrânia relata morte de 145 soldados russos na região de Donetsk

De acordo com o relatório das forças ucranianas, citado pela agência de notícias pública do país Ukrinform, Kyiv manteve hoje as suas posições e infligiu “pesadas perdas”.

 

“Só no setor de Pokrovsk foram neutralizados 216 soldados russos, incluindo 145 mortos, 71 feridos (…) cinco drones, um terminal de comunicação por satélite, quatro antenas e nove pontos de controlo de drones foram destruídos”, destacou.

“O inimigo realizou 54 ataques aéreos, lançando 80 bombas guiadas. Além disso, as forças russas lançaram 1.129 drones kamikazes e realizaram 4.126 ataques de bombardeamento contra posições ucranianas e áreas povoadas”, pode ler-se no comunicado.

Em Pokrovsk, Donetsk, região do Donbass  decorreram os ataques mais intensos na linha da frente, detalhou a mesma fonte.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após o desmoronamento da União Soviética – e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado, em ofensivas com drones (aeronaves não-tripuladas), alvos militares em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.

No plano diplomático, as conversações entre Moscovo e Kyiv estão num impasse, apesar da pressão dos Estados Unidos. A última reunião entre as duas partes realizou-se há quase três semanas e não está, por enquanto, prevista qualquer outra.

A Ucrânia pede aos aliados garantias sólidas de segurança, para evitar que Moscovo volte a atacar, ao passo que a Rússia quer uma “Ucrânia desmilitarizada” e que entregue os territórios que a Rússia afirma ter anexado, o que Kyiv considera inaceitável.

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