O Guaraná de Maués, no Amazonas, é mais do que um produto típico da região. Ele representa uma fonte de renda sustentável para dezenas de produtores e mantém viva uma tradição centenária.
Hoje, uma agroindústria local compra sementes torradas de mais de 40 agricultores e duas cooperativas. “Transformamos o Guaraná em pó, cápsulas e até chocolate funcional”, conta o empreendedor Luca D’Ambros, que trocou a produção no campo pelo processamento.
Além de gerar renda, o cultivo protege a floresta. “O Guaraná é uma cultura de longo prazo. Diferente da mandioca, ele não exige desmatamento constante. Por isso, os produtores que apostam nele costumam preservar mais o ambiente”, explica D’Ambros.
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Em 2018, o Guaraná de Maués recebeu o selo de Indicação Geográfica (IG). Esse reconhecimento garante que o produto segue métodos tradicionais, usados há séculos pelos indígenas Sateré-Mawé. “O selo agrega valor, garante a autenticidade e protege quem segue a tradição.”
O Sebrae atua como parceiro estratégico nesse processo. “Apoia desde a organização das cooperativas até o design das embalagens. Além disso, nos ajuda a participar de feiras e contar nossa história pelo Brasil.” completa Luca.
Dessa forma, o Guaraná de Maués mostra que é possível gerar valor com a floresta em pé, unindo saber tradicional, inovação e mercado.
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