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Fotos: Reprodução / TV
ACM Neto não faz política por esporte. Ele joga para dominar. Quando todos contavam o fim do DEM, ele reinventou o partido com a fusão ao PSL — o maior da época — e, pouco depois, tomou o comando da nova sigla das mãos de Luciano Bivar. Hoje, é o dono do União Brasil e está prestes a se tornar sócio majoritário também do PP. Juntas, essas duas forças comandam o Centrão e emparedam o governo Lula no Congresso.
Foi com esse poder que Neto articulou a derrubada do decreto do IOF, um revés direto contra o Planalto. O mesmo Neto que, como prefeito, aumentou todos os impostos possíveis em Salvador, agora posa de defensor do contribuinte. Já descartou João Roma no passado, e agora, sem alternativas, estende-lhe a mão. Jogou Elmar Nascimento aos leões para apoiar Hugo Motta na presidência da Câmara e, hoje, colhe os frutos dessa jogada.
Neto não é oposição barulhenta – essa função fica para os mais jovens. Ele é a máquina. Nasceu, se mantém e pra sempre estará no asfalto do sistema. Pode até murchar em casa, mas em Brasília, nunca morre.