Os municípios de Barreiras e Riachão das Neves, no Oeste da Bahia, sediarão, entre os dias 10 e 12 de julho de 2025, a próxima edição do Cacauicultura 4.0, o maior evento técnico e institucional do setor no Brasil. Realizado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), o encontro deve reunir produtores, pesquisadores, técnicos, investidores e especialistas de todo o país e também do exterior para discutir os caminhos da cacauicultura moderna, com ênfase em tecnologia, inovação e sustentabilidade.
A programação será dividida entre recepção de autoridades, ciclo de palestras técnicas e dia de campo. O evento é um dos reflexos do movimento crescente da produção de cacau no Oeste da Bahia e da liderança do estado no segmento no Brasil.
Com pouco mais de sete anos de introdução no Oeste da Bahia, a cultura do cacau se consolidou como uma das grandes apostas do agro nacional. A região — tradicional produtora de soja, milho e algodão — passou a investir na diversificação da matriz produtiva com o apoio de tecnologias de irrigação, mecanização, rastreabilidade e manejo sustentável.

O resultado é promissor: áreas com altas produtividades, que já alcançam entre 150 e 200 arrobas por hectare, e um modelo de produção voltado para qualidade e inovação.
“O cacau está nos mostrando o enorme potencial do Oeste baiano para além dos grãos. Estamos construindo uma nova fronteira agrícola, com ganhos expressivos de produtividade e qualidade. E o melhor: com sustentabilidade, agregação de valor e visão de futuro”, afirma Moisés Schmidt, presidente da Aiba e um dos idealizadores do evento.
A edição de 2025 deve contar com a presença de pesquisadores da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) — a agência de pesquisa de cacau do Brasil —, da Embrapa, do Ministério da Agricultura, de empresas de genética, representantes da indústria do chocolate e instituições de fomento nacionais e internacionais.
Um novo polo de produção em ascensão
A cacauicultura no Cerrado baiano começou em pequena escala, com áreas experimentais em perímetros irrigados, como o de Riacho Grande. A performance inicial surpreendeu os técnicos da Ceplac, que constataram o vigor das plantas mesmo em condições adversas. A partir disso, os investimentos em pesquisa, produção de mudas locais e tecnologia de manejo aceleraram a expansão.
De acordo com a organização do evento, atualmente, além da produtividade elevada, a região oferece vantagens como logística favorável, clima seco com irrigação controlada e ausência de algumas doenças comuns nas regiões tradicionais, como no Sul da Bahia e no Pará.
O modelo local também aposta na mecanização do plantio (com sulcos em vez de covas) e em parcerias com viveiros tecnológicos, que devem garantir, nos próximos anos, milhões de mudas com padrão genético superior.
O Cacauicultura 4.0, em sua quinta edição, reforça esse posicionamento e convida o setor a participar ativamente da construção de uma cadeia mais eficiente, resiliente e próspera.
Programação
• 10 de julho (quarta-feira): Abertura oficial e recepção de autoridades, em Barreiras (BA);
• 11 de julho (quinta-feira): Ciclo de palestras técnicas no Parque Natural Engenheiro Geraldo Rocha, em Barreiras (BA), com temas como melhoramento genético, bioinsumos, irrigação, rastreabilidade e mercado global;
• 12 de julho (sexta-feira): Dia de campo na Fazenda Santa Helena, em Riachão das Neves (BA), com visita a lavouras irrigadas, demonstrações tecnológicas e troca de experiências com especialistas.
As inscrições do Cacauicultura 4.0 estão abertas e podem ser feitas pelo link: https://cacau.wiesoo.com/
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