Internacional

Primeiro-ministro australiano encontra-se com Xi Jinping

Albanese parte no sábado para uma digressão que inclui passagens pela capital, Pequim, o principal centro financeiro, Xangai, e Chengdu (capital da província de Sichuan, no sudoeste).

 

O programa da visita inclui encontros previstos com Xi, o primeiro-ministro, Li Qiang, e o presidente da Assembleia Nacional Popular, Zhao Leji. Os detalhes das reuniões não foram divulgados.

Segundo o gabinete do chefe do Governo australiano, Albanese vai reunir-se com representantes dos setores empresarial, turístico e desportivo em Xangai e Chengdu. Em Pequim, liderará uma delegação empresarial e participará numa mesa-redonda com presidentes executivos, na terça-feira.

“Em áreas como a energia verde, por exemplo, há uma real possibilidade de aprofundar a cooperação”, disse Albanese, aos jornalistas, em Sydney, no sudeste do país.

“Cooperamos sempre que possível e discordamos quando necessário, mantendo conversas francas sobre os temas em que temos divergências”, acrescentou.

Esta será a segunda visita de Albanese à China desde que o Partido Trabalhista, de centro-esquerda, chegou ao poder, em 2022. O partido conseguiu uma maioria reforçada nas eleições de maio.

Desde que assumiu o cargo, Albanese conseguiu que Pequim eliminasse uma série de barreiras comerciais, oficiais e informais, impostas durante o anterior Governo conservador, que custaram aos exportadores australianos mais de 20 mil milhões de dólares australianos (cerca de 13 mil milhões de euros) por ano.

A China suspendeu os contactos com o anterior executivo australiano após este ter apelado a uma investigação independente sobre as origens e a resposta à pandemia de covid-19.

No entanto, Albanese tem procurado reduzir a dependência económica da Austrália em relação à China, com a qual mantém um acordo de livre comércio.

“O meu Governo tem trabalhado intensamente para diversificar o comércio e reforçar as relações com outros países da região, como a Índia, a Indonésia e os membros da ASEAN”, referiu Albanese, numa alusão à Associação de Nações do Sudeste Asiático, composta por dez países.

“Mas a relação com a China é importante, tal como o são as nossas exportações para as economias do nordeste asiático, como a Coreia do Sul e o Japão”, concluiu.

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