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Mais de 20 civis (incluindo crianças) mortos após ataque aéreo em Myanmar

De acordo com o insurgente, que pediu para não ser identificado e é citado pela agência France-Presse (AFP), o ataque aconteceu por volta das 01h00 locais (19h30 em Lisboa) de sexta-feira na aldeia de Lin Ta Lu, tendo tido como alvo “um mosteiro em que se encontravam pessoas deslocadas”.

 

O combatente rebelde relatou à AFP 22 mortos, três dos quais crianças, continuando dois feridos em estado grave no hospital.

Myanmar tem sido destruído pela guerra civil desde o golpe de Estado de 01 de fevereiro de 2021 contra o governo civil eleito de Aung San Suu Kyi.

A junta militar no poder é regularmente acusada de utilizar os seus caças de fabrico chinês e russo para atacar a população civil e fazer recuar os seus opositores muito menos equipados.

Contactado pela agência noticiosa francesa, o porta-voz da junta, Zaw Min Tun, não comentou no imediato.

Um morador local registou que o átrio do mosteiro ficou completamente destruído e que viu os corpos a serem transportados de carro para um cemitério na manhã de sexta-feira.

O morador, que também falou sob anonimato, disse ter ido ao cemitério para identificar as vítimas e que contou 22 corpos.

“Muitos corpos apresentavam ferimentos na cabeça ou estavam dilacerados. Foi triste de ver”, descreveu.

Após o terramoto em 28 de março, que matou cerca de 3.800 pessoas, foi estabelecido um cessar-fogo, mas os ataques aéreos e os combates pelas Forças Armadas continuam.

Em maio, um ataque da Força Aérea da junta militar a uma escola provocou 22 mortes, dos quais 20 crianças, de acordo com testemunhas.

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