Um jovem de 14 anos morreu vítima de hipotermia quando tentava escalar um vulcão, no México.
Paolo Sánchez Carrasco decidiu subir o vulcão Iztaccíhuatl, sozinho, sem guia ou equipamentos próprios, relata o Daily Mail. Três dias antes de ter sido encontrado morto, partilhara um vídeo onde afirmava que “ia morrer congelado”.
“Vou congelar até a morte. Nem trouxe saco de dormir, e estou muito longe do abrigo. O próximo é ali, mas fica do outro lado da montanha”, afirmava o adolescente num vídeo que partilhou nas redes sociais.
Angela, uma mulher que fazia a mesma escalada que Paolo, revelou aos meios de comunicação social que ao subir o vulcão debateu-se com uma tempestade e que ela e o seu grupo tiveram que se abrigar junto a uma parede de rochas, impedindo que o grupo prosseguisse a sua caminhada até ao fim. As suas declarações vêm comprovar as difíceis condições climatéricas que se registaram no local e com as quais Paolo também terá tido de lidar.
Segundo o Need to Know, acredita-se que Paolo viajou da Cidade do México para Iztaccíhuatl, no dia 12 de julho. Não é claro como é que Pablo realizou esta viagem, que dura cerca de 90 minutos de carro. Porém, sabe-se que o adolescente adorava acampar e que era comum caminhar para montanhas, muitas vezes, sozinho.
O vulcão Iztaccíhuatl é o terceiro pico mais alto do México, com 5.213 metros, e subir ao seu cume é considerado uma escalada tecnicamente desafiadora.
As rotas para subir a montanha envolvem pedras soltas, declives íngremes e áreas de gelo e neve.
As condições podem mudar rapidamente, mesmo em meses relativamente favoráveis como julho, com temperaturas geladas, ventos fortes e quedas repentinas de visibilidade devido a nuvens ou nevoeiro.
A notícia da morte de Pablo acontece depois de no mês passado ter corrido o mundo a história de uma jovem brasileira que morreu quatro depois de sofrer uma queda, enquanto tentava subir o vulcão Rinjani, na Indonésia.
A jovem brasileira tinha viajado sozinha para a Ásia e caiu durante uma caminhada no vulcão Rinjani. Foi encontrada morta quatro dias após a queda.
Juliana foi vista pela última vez pelas 17h10 locais de 21 de junho, em imagens captadas por um drone de outros turistas que a mostrava sentada após a queda. No entanto, quando as equipas chegaram ao local já não a encontraram. Apurou-se, posteriormente, que a turista brasileira sofreu uma segunda queda.
A autópsia feita no Brasil indicava ainda que fatores como stress, isolamento e ambiente hostil podem ter contribuído para a desorientação da vítima, dificultando a sua capacidade de tomar decisões antes da queda.
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