Os Ministérios Públicos de Alagoas (MPAL) e Federal (MPF/AL) participaram nessa sexta-feira (25) da soltura de uma tartaruga verde na praia de Guaxuma, em Maceió. O animal, resgatado por um pescador na Lagoa Mundaú no dia anterior, foi devolvido ao seu habitat natural após avaliação positiva de saúde.
O Instituto Biota de Conservação coordenou o resgate e a identificação do animal. Durante a soltura, o promotor de Justiça Alberto Fonseca, da 4ª Promotoria de Justiça da Capital, enfatizou a importância da criação de um Plano de Ação Estadual (PAE) para a proteção das tartarugas marinhas, atualmente em fase de discussão.
“Essa ação de hoje do Biota nos anima ainda mais a buscar a criação de uma política pública estadual de conservação das tartarugas marinhas, através da construção de um PAE envolvendo entes públicos e privados. Com isso, podemos obter o maior envolvimento desses parceiros estaduais seguindo as diretrizes do Plano de Ação Nacional das Tartarugas Marinhas”, defendeu o promotor.
A procuradora da República Juliana Câmara, representando o MPF/AL, também destacou a relevância do PAE, que vai além da proteção da espécie, contribuindo para a preservação ambiental. “A união de esforços levará a resultados frutíferos”, ressaltou.
Soltura de animal marinho
Bruno Stefanis, presidente do Instituto Biota, explicou que o PAE definirá atribuições e metas para órgãos públicos e sociedade civil, incluindo ações de conscientização. “Dentro de cada PAE, vale destacar, temos ações de conscientização e o envolvimento da sociedade. A população precisa saber o que fazer em casos como esse de encontrar uma tartaruga na lagoa ou encalhada na praia, por exemplo”, esclareceu.
A soltura foi acompanhada por representantes do Instituto Salsa-de-praia e da Reserva Nacional de Surf Praia do Francês. A tartaruga verde, comum na região, pode atingir até 1,2 metro e 190 quilos. O animal solto é juvenil e ainda não está na idade reprodutiva.
