“A sentença de morte proferida a dois membros operacionais do grupo terrorista (…) foi realizada esta manhã, após procedimentos legais e confirmação do Supremo Tribunal”, noticiou a Mizan, ligada ao poder judicial iraniano.
Os executados, identificados como Mehdi Hassani e Behrouz Ehsani-Eslamlu, eram “elementos operacionais” do MEK, de acordo com a agência.
“Os terroristas, em coordenação com os líderes do MEK, criaram um quartel-general em Teerão, onde construíram lança-foguetes portáteis e morteiros e, dependendo dos objetivos do grupo, dispararam projéteis de forma imprudente contra cidadãos, residências, instalações administrativas e de serviços, centros de educação e instituições de caridade”, referiu a Mizan.
Os homens foram também acusados de realizar atividades de propaganda e de recolher informações em apoio do MEK, considerada uma organização terrorista pela República Islâmica.
Não foram divulgados detalhes sobre a data da detenção.
Os executados foram condenados à morte pelo Supremo Tribunal por “declarar guerra a Deus (moharebeh), destruir propriedade pública e pertencer a uma organização terrorista com o objetivo de perturbar a segurança nacional”.
O Irão aplica a pena de morte para vários crimes e realiza o maior número de execuções a seguir à China, segundo organizações de defesa dos direitos humanos, como a Amnistia Internacional.
As execuções na República Islâmica são geralmente realizadas ao amanhecer por enforcamento.
O MEK foi fundado em 1965 como um grupo de oposição ao então xá Mohammad Reza Pahlavi e, após a Revolução Islâmica de 1979, entrou em conflito com o novo governo do país e exilou-se.
Durante a Guerra Irão-Iraque, entre 1980 e 1988, o MEK aliou-se a Bagdade, o que muitos no Irão não conseguem perdoar.
O grupo foi considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos até 2012 e pela União Europeia (UE) até 2009, e, atualmente, os seus líderes estão exilados em Paris.
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