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50 detidos e 17 polícias feridos em protesto pró-palestiniano em Berlim

A polícia alemã referiu “perturbações da ordem pública”, incluindo atos de ‘resistência’ à polícia, com arremesso de garrafas, o espancamento de pessoas, bem como palavras de ordem antissemitas e “a utilização de símbolos de organizações inconstitucionais e terroristas”, de acordo com uma publicação na rede social X.

 

Apesar de várias intimações, os organizadores não conseguiram restabelecer a ordem entre participantes da manifestação, que contou cerca de 10.000 manifestantes, acrescentou a polícia.

Os manifestantes responderam a um apelo do movimento “Orgulho Queer Internacionalista pela Libertação”, que defende “uma luta anti-imperialista, anticolonial e anti-sionista”, segundo o seu ‘site’.

A manifestação decorreu em paralelo com a marcha Pride, que se realizava noutra zona da capital alemã.

A polícia disse que foram efetuadas 64 detenções por “insultos, agressões, ferimentos e utilização de símbolos de organizações anticonstitucionais e terroristas”, sem mais pormenores.

Além disso, teve lugar uma contramanifestação de extrema-direita contra a marcha Pride, na qual participaram cerca de 20 pessoas.

A polícia disse ter detido 20 pessoas ligadas a este movimento.

Berlim é regularmente palco de manifestações ligadas à guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do movimento islamita palestiniano Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, no qual morreram 1.200 pessoas e cerca de 200 foram feitas reféns.

A resposta israelita causou mais de 59.000 mortos no território palestiniano, segundo os dados do Ministério da Saúde do Hamas.

Em junho passado, o Conselho da Europa chamou a Alemanha à ordem, acusando-a de impedir a liberdade de manifestação a favor dos palestinianos na Faixa de Gaza.

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