“Embora a taxa anunciada hoje pelos Estados Unidos seja apenas uma medida provisória, a equipa do Governo continuará a esforçar-se para alcançar uma tarifa razoável e concluir com êxito a fase final das negociações”, escreveu Lai na sua conta oficial na rede social Facebook.
Trump assinou na quinta-feira uma ordem executiva com novas tarifas impostas a 69 parceiros comerciais, incluindo Taiwan, cujos produtos passarão a ser tributados em 20% dentro de sete dias.
A taxa é superior à aplicada às importações provenientes da Coreia do Sul (15%), Japão (15%) ou Filipinas (19%), representando um duro golpe para Taipé, que desde o início das conversações adotou uma postura conciliadora com Washington.
Lai explicou que a tarifa de 20% se deve ao facto de, devido ao calendário das negociações, “as duas partes ainda não terem realizado a reunião final de encerramento”, sublinhando que a taxa “poderá ser reduzida se for alcançado um acordo no futuro”.
“Taiwan e os Estados Unidos continuarão a negociar sobre questões relacionadas com a cooperação nas cadeias de abastecimento e com a Secção 232”, acrescentou Lai, em referência à investigação em curso da Administração Trump sobre as importações de semicondutores, principal produto de exportação da ilha.
Numa conferência de imprensa posterior, Lai reconheceu que, embora as negociações tenham registado “progressos parciais”, a tarifa de 20% “nunca foi o objetivo de Taiwan”, garantindo que o Governo continuará a “lutar por uma taxa mais favorável”.
“O Governo norte-americano também manifestou a sua disponibilidade para continuar a negociar com Taiwan. Já concluímos as consultas técnicas, mas como ainda não foi realizada a reunião final de encerramento, a tarifa definitiva não foi determinada”, disse.
O índice de referência da bolsa de Taipé, o Taiex, registava hoje, às 13:00 locais (06:00 em Lisboa), uma queda de 0,44%.
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