A deputada federal Silvye Alves (UB) denunciou estar sofrendo importunação sexual por meio do seu e-mail na Câmara dos Deputados. Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, Silvye relatou que está recebendo imagens explícitas de um homem na sua caixa de mensagens. O caso está sendo investigado pela Polícia Legislativa.
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“Um homem covarde e sem escrúpulos vem enviando e-mails com imagens explícitas, expondo suas partes íntimas, de forma doentia e criminosa”, denunciou a parlamentar.
O g1 entrou em contato com a Câmara dos Deputados e com a Polícia Legislativa, para conseguir mais detalhes sobre a investigação, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. A identidade do suspeito não foi divulgada, por isso não foi possível localizar a defesa.
Na denúncia, Silvye mencionou que a importunação já acontece há um tempo, o que levou ao registro de um boletim de ocorrência na quarta-feira (6). A parlamentar borrou uma das imagens que recebeu, em que o homem mostrou as suas partes íntimas, e destacou que não é ela quem abre os e-mails e trabalha ao lado de outras mulheres, que também estão sendo vítimas.
“O mais revoltante? Quem abre meus e-mails são minhas assessoras legislativas”, disse.
Em seu relato, a deputada frisou que as mulheres não estão imunes de situações como essa nem no ambiente de trabalho e que vai lutar para que o suspeito responda pelo crime. “Luto diariamente por justiça, por respeito e pela segurança de todas as mulheres”, ressaltou.
Importunação sexual
Ao g1, Luciana Delgado, chefe do gabinete da deputada e quem comunicou o caso à Polícia Legislativa, informou que o primeiro e-mail enviado pelo homem foi no ano passado. Inicialmente, as servidoras que trabalham com Silvye chegaram a respondê-lo, pedindo que o suspeito parasse e destacando que ele estava cometendo um crime.
Ao todo foram seis e-mails com o nome da deputada, alguns continham fotos intímas e em outros o homem insistia em obter o contato pessoal de Silvye. Mesmo após a denúncia da parlamentar nas redes sociais, na quinta-feira (7), ele voltou a enviar as mensagens.
“Nós passamos todos os e-mails para a Polícia Legislativa, que está à frente do caso, investigando”, pontuou Luciana.
Até esta sexta-feira (8), o gabinete ainda não foi notificado pela polícia sobre o andamento do caso.