“O Governo pensa que ainda há tempo, nós não vamos ficar de braços cruzados. Vamos agir, e somos um povo inteiro”, disse Ohad Ben Ami, que foi libertado durante o cessar-fogo entre Israel e o Hamas no início deste ano, depois de ter passado 491 dias como refém na Faixa de Gaza, em declarações partilhadas pelo Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, que representa a maioria dos familiares dos sequestrados.
Já Einav Zangauker, mãe do refém israelita Matan Zangauker, que continua retido no enclave palestiniano, afirmou que todo o país quer ver os soldados regressar a casa e os reféns (vivos e mortos) libertados.
“Para que o Estado de Israel possa garantir a segurança dos seus cidadãos, temos de pôr fim a esta injustiça que foi cometida contra os nossos entes queridos durante 22 meses”, disse.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns. A retaliação de Israel já provocou mais de 61 mil mortos no enclave.
Israel estima que cerca de 50 reféns ainda se encontram em Gaza, dos quais apenas 20 estarão vivos.
O próprio Katz publicou hoje uma mensagem na sua conta da rede social X a defender a decisão do Gabinete de Segurança israelita, e disse que a nova ofensiva contra Gaza mostra que Israel está determinado a atingir os seus objetivos de guerra.
“Israel está determinado a atingir os objetivos da guerra: a derrota completa do Hamas, a criação de condições para o regresso de todos os reféns e a garantia de paz nas comunidades israelitas através de um forte perímetro de segurança em Gaza”, afirmou.
A decisão do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de ordenar ao Exército que assuma o controlo da Cidade de Gaza, no norte do território, e deslocar centenas de milhares dos seus habitantes está a provocar uma vaga protestos e indignação em todo o mundo.
A decisão foi anunciada na madrugada de hoje após uma reunião do Gabinete de Segurança que demorou 10 horas, mas o Governo não revelou muitos pormenores sobre o plano.
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