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O Brasil sob ataque: quando defender a pátria é maior que qualquer divergência

Foto: Pixabay

Nos últimos meses, o Brasil tem sido alvo de sucessivos ataques econômicos e políticos vindos da maior potência econômica e militar do planeta: os Estados Unidos. Medidas unilaterais, sanções e tarifas abusivas estão sendo usadas como armas para enfraquecer setores estratégicos da nossa economia, atingindo desde a indústria até o nosso carro-chefe: o agronegócio.

Essas ações não apenas ferem a soberania nacional, mas também colocam em risco milhões de empregos e a sobrevivência de famílias inteiras. Quando o alvo é a nossa economia real, aquela que produz, exporta e garante renda, não estamos diante de um simples embate comercial, mas de uma tentativa clara de enfraquecer o Brasil no cenário global.

Divergências internas não justificam omissão

É público e notório que existem críticas legítimas às decisões do Judiciário brasileiro e às políticas do atual governo. A democracia nos garante o direito de discordar e cobrar. No entanto, diante de uma ameaça externa que coloca em xeque o bem-estar de milhões de brasileiros, não podemos permitir que divergências internas nos impeçam de defender a pátria.

No passado recente, empunhamos nossa bandeira, apoiamos governos e marchamos nas ruas acreditando que poderíamos mudar o Brasil para melhor. Hoje, porém, diante de um ataque direto à nossa soberania, muitos se escondem em silêncio, justificando-se pelo fato de não concordarem com quem está no poder. Em que momento estaremos certos na história? Quando defendemos com coragem ou quando nos omitimos no momento mais crítico?

Ignorar o que está acontecendo por achar que “o erro é dos outros” é um equívoco grave. Quando nos omitimos, estamos, na prática, aceitando que setores produtivos sejam sacrificados, que produtores rurais sejam esmagados por barreiras comerciais e que trabalhadores percam o sustento de suas famílias.

Cada tarifa imposta, cada sanção aplicada, cada barreira criada representa menos recursos para saúde, educação e desenvolvimento. Representa mais brasileiros dependendo de auxílio para sobreviver. Estamos, literalmente, furando o casco do nosso próprio barco e fingindo que ele não vai afundar.

Defender o Brasil neste momento exige união, de produtores, empresários, trabalhadores, formadores de opinião e lideranças políticas de todos os espectros. É hora de pressionar nossas instituições para que reajam com firmeza, buscando alternativas comerciais, fortalecendo alianças estratégicas e deixando claro que o Brasil não aceitará ser tratado como um peão no tabuleiro geopolítico de outra nação.

Se não reagirmos agora, corremos o risco de ver o país perder mercados estratégicos, enfraquecer sua economia e comprometer décadas de progresso no agronegócio e na indústria. A defesa da pátria não é um ato de conveniência, é um dever de todos.

Podemos e devemos criticar governos e instituições quando erram. No entanto, diante de ataques externos que comprometem nossa soberania e colocam em risco a vida de milhões, não há espaço para neutralidade. Defender o Brasil é defender cada cidadão que trabalha, produz e acredita que esta nação tem o direito de decidir seu próprio futuro.

“A glória é a sombra da virtude.” — Sócrates

A história julgará: seremos lembrados como aqueles que levantaram a bandeira ou como os que se esconderam quando a pátria mais precisou?

Miguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


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