Tom Barrack deslocou-se ao Líbano numa altura em que se receia a intensificação de ataques militares israelitas ao país.
No início do mês, o Governo de Beirute ordenou ao Exército a preparação de um plano para desarmar o Hezbollah (Partido de Deus), grupo xiita armado financiado pelo Irão e inimigo de Israel.
O Hezbollah é considerado organização terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos.
O desarmamento do Hezbollah até ao final do ano é um dos pontos da implementação do cessar-fogo, mediado pelos Estados Unidos, que a 27 de novembro de 2024 pôs fim a mais de um ano de conflito.
O enviado diplomático norte-americano, após um encontro com o presidente libanês Joseph Aoun, disse que o Governo de Beirute deu “o primeiro passo” e pediu a Israel para agir de “forma recíproca”.
O acordo de cessar-fogo prevê a retirada do Hezbollah da região situado a sul do rio Litani e o desmantelamento das infraestruturas militares, prevendo o reforço da presença do Exército libanês e das forças de manutenção da paz das Nações Unidas.
O tratado prevê ainda a retirada israelita do sul do Líbano.
Israel mantém efetivos militares em cinco posições fronteiriças que considera estratégicas e realiza ataques regulares contra o território libanês.
Israel alega ter como alvo as infraestruturas do movimento xiita no Líbano, acusando-o de tentar reagrupar-se, e ameaçou expandir as operações militares caso as autoridades libanesas não desarmem o movimento.
Questionado sobre a retirada das tropas israelitas do Líbano e o fim das “violações” do acordo, Barrack demonstrou otimismo.
“Nas próximas semanas, vão ver progressos de todos os lados”, afirmou.
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