Na última sexta-feira (01/12), a Ilha News trouxe à tona um escândalo que abalou as estruturas políticas de Paulo Afonso. A revelação de um suposto funcionário fantasma, lotado na Prefeitura desde 2021 e residindo no Paraguai, desencadeou uma onda de indignação na população. No entanto, a postura dos vereadores Evinha Oliveira e Marconi Daniel na sessão da Câmara desta segunda-feira (04/12) deixou a desejar, evidenciando uma oposição seletiva e um desinteresse preocupante pelas denúncias que afligem a comunidade.
O comportamento dos parlamentares, que se autodenominam oposição, reflete uma tendência preocupante de agir conforme as conveniências políticas. Não é novidade que muitas denúncias feitas por líderes da oposição ou pela imprensa são ignoradas ou tratadas com desdém pelos edis, demonstrando um orgulho aguçado que parece preceder o compromisso com a transparência e o interesse público.
Na sessão mais recente da Câmara Municipal, enquanto a população clamava por respostas diante do escândalo do funcionário fantasma, Evinha Oliveira preferiu desviar o foco, destacando a falta de ornamentação e a falta de pisca-piscas do natal. Marconi Daniel, por sua vez, direcionou sua atenção para a zona rural, ignorando a gravidade da situação que envolve a má utilização de recursos públicos por parte da Prefeitura.
A população, ávida por uma atuação responsável da oposição, saiu decepcionada da sessão. Os vereadores, que deveriam representar os interesses dos cidadãos, limitaram-se a comentários rápidos e superficiais diante de uma denúncia tão relevante. Nesse cenário, destaca-se o vereador Jean Robert, que, surpreendentemente, apresentou um discurso contundente. Ainda mais surpreendente foi a postura do vereador de situação, Zezinho do INSS, que assumiu a responsabilidade que Evinha e Marconi parecem evitar.
O ano de 2023 foi marcado por inúmeras denúncias que, mesmo sendo de grande relevância, foram tratadas com descaso pelos vereadores Evinha Oliveira e Marconi Daniel. A oposição que ambos representam parece se importar mais com o marketing político do que com ações efetivas em prol da sociedade. O episódio do funcionário fantasma é apenas a mais recente evidência dessa postura seletiva.
A população, atenta e insatisfeita, dará sua resposta nas urnas em 2024. O ditado popular “o orgulho precede a queda” ecoa como um alerta para aqueles que escolhem ignorar as demandas e anseios daqueles que confiaram em sua representatividade. Resta esperar que a responsabilidade e o compromisso com o bem comum prevaleçam sobre o orgulho político, guiando os vereadores em direção a uma atuação mais coerente e comprometida com os interesses da população.