Paulo Afonso

Acidente em ponte entre Maranhão e Tocantins reacende debate sobre a estrutura da Ponte da Ilha de Paulo Afonso

Tragédia em ponte do Maranhão destaca falhas na infraestrutura e alerta para riscos em outras regiões, como a ponte da Ilha de Paulo Afonso.

O trágico acidente ocorrido na tarde deste domingo (22/12), na ponte de Estreito, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins, que resultou na morte de uma jovem de 25 anos e deixou oito pessoas desaparecidas, incluindo duas crianças, trouxe à tona a preocupação com a infraestrutura da única ligação terrestre da Ilha de Paulo Afonso (BA) com outros municípios. A ponte, construída há mais de 54 anos, é fundamental para a mobilidade da região, mas sua capacidade e segurança vêm sendo questionadas há décadas.

Projetada nos anos 1970, a ponte da Ilha de Paulo Afonso foi construída para atender a uma população de aproximadamente 46 mil habitantes. Décadas depois, o município cresceu significativamente, alcançando cerca de 115 mil habitantes em 2023, segundo o censo do IBGE.

Desde sua construção, a ponte tem sido o único ponto de acesso terrestre da ilha, o que gera preocupações em casos de emergências ou aumento no fluxo de veículos. Apesar de diversas tentativas de duplicação ou construção de uma nova ponte, nenhuma proposta foi concretizada.

Gestões municipais ao longo dos anos buscaram apoio de autoridades estaduais e federais para resolver o problema. Durante o mandato do prefeito Raimundo Caires Rocha (2005-2008), houve um projeto para melhorar a travessia para pedestres, mas não avançou.

Em 2009, o então prefeito Anilton Bastos, acompanhado de parlamentares, apresentou à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) um pedido para duplicação ou construção de uma nova ponte. Apesar de reuniões em Brasília e no Recife, as demandas não saíram do papel.

Especialistas alertam que o aumento populacional em Paulo Afonso e na região ampliam a pressão sobre a estrutura da ponte. Com mais de cinco décadas de uso contínuo e fluxo de veículos pesados, a necessidade de uma alternativa segura e moderna é urgente.

A tragédia em Estreito serve como um alerta para que as autoridades tomem providências antes que outro acidente de grandes proporções aconteça. O debate sobre a infraestrutura da ponte da Ilha de Paulo Afonso deve ser tratado como prioridade para garantir a segurança e o desenvolvimento sustentável da região.

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