Um homem acusado de tentativa de homicídio foi absolvido na última terça-feira (5) em Olivença, Sertão de Alagoas, após o Tribunal do Júri reconhecer que ele agiu em legítima defesa para proteger a si e a sua família. A absolvição foi garantida pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), que apresentou provas e testemunhos fundamentais para desmentir a versão apresentada pela acusação.
O caso remonta a 2021, quando o réu foi acusado de chamar um homem para beber em sua casa e, após uma discussão, desferir facadas contra o convidado. A denúncia sugeria que o réu teria agido com intenção de matar, configurando a tentativa de homicídio.
Durante o julgamento, no entanto, o defensor público Renan Soares Mação, responsável pela defesa, conseguiu provar que a versão apresentada pela acusação estava equivocada. Testemunhas ouvidas no Plenário relataram que, na realidade, a suposta vítima invadiu a casa do réu, agrediu fisicamente o acusado, atacou sua companheira e até empurrou sua sogra em uma vala de três metros de profundidade. A idosa, que confirmou a agressão durante o julgamento, sofreu fraturas no fêmur e ficou impossibilitada de andar.
Além de testemunhos, a defesa apresentou imagens e exames médicos que comprovaram os danos causados à família do acusado. Esses elementos evidenciaram que a reação do réu foi instintiva e proporcional, visando proteger a sua família da agressão injusta.
A acusação, representada pelo Ministério Público, também reconheceu os indícios que apontavam para a legítima defesa e não contestou os fatos apresentados pela defesa. O resultado foi a absolvição do réu, que teve a acusação de tentativa de homicídio descartada.
Para o defensor público Renan Soares Mação, o veredito reflete a vitória da justiça. “Foi um caso emblemático de legítima defesa, em que conseguimos demonstrar de forma clara que o réu apenas reagiu para proteger sua família diante de uma agressão injusta. A decisão dos jurados reforça a importância do direito de defesa e do papel da Defensoria Pública no Tribunal do Júri”, conclui.
Com a absolvição, o réu finalmente é liberado das acusações, e o caso fica registrado como uma demonstração da atuação decisiva da Defensoria Pública em garantir direitos e buscar justiça para seus assistidos.