O adolescente de 14 anos suspeito de esfaquear uma auxiliar até à morte numa escola em Nogent, Haute-Marne, em França, na terça-feira, não apresentou “nenhum sinal de possível transtorno mental” e não mostrou “nenhum arrependimento ou compaixão” após ser questionado pelas autoridades.
Em conferência de imprensa, esta quarta-feira, o procurador de Chaumont, Denis Devallois, adiantou que a vítima – uma mulher de 31 anos, identificada como Mélanie G. – foi atacada entre as 8h15 e as 8h30 locais, em frente à Escola Secundária Françoise Dolto.
Mélanie G. foi esfaqueada sete vezes com uma faca de cozinha de 34 centímetros, que o suspeito levou de casa naquela manhã.
Questionado pelas autoridades, o jovem de 14 anos admitiu o crime, mas “não explicou o que se passou”. De acordo com Devallois, disse que queria atacar “um auxiliar, mas nenhum específico” após ter sido “repreendido” na passada sexta-feira, dia 6, por “beijar a sua namorada”.
“Ele já não suportava mais o comportamento dos auxiliares em geral, que supostamente tinham atitudes diferentes dependendo dos alunos”, explicou.
Os investigadores descreveram-no como “distante” e adiantaram que não demonstrou “nenhum arrependimento ou compaixão” pela morte.
“Perdeu o rumo em relação à vida humana, à qual não atribui nenhuma importância especial”, acrescentou o procurador, frisando que o adolescente tinha uma “fascínio pela morte”. Ainda assim, “não apresenta sinais que sugiram um possível transtorno mental “.
O suspeito era desconhecido da polícia, mas já tinha sido suspenso do estabelecimento de ensino duas vezes desde o início do ano.
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