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Agricultores familiares colhem renda e sustentabilidade

Heloísa de Fátima da Silva Campos, produtora rural, em Congonhinhas (PR). Foto: Divulgação Canal Rural

Julho é o mês de homenagear quem transforma a terra com as próprias mãos. Hoje (25), celebra-se o Dia Internacional da Agricultura Familiar, criado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para reconhecer a importância desses agricultores na segurança alimentar, geração de renda e preservação ambiental.

Em Congonhinhas, Paraná (PR), Heloísa de Fátima da Silva Campos, decidiu, junto com o marido, mudar a vida da família. “Nós começamos a produzir hortifruti. E a nossa principal renda era o morango, e depois a gente plantou tomate, abobrinha, pepino, alface, repolho”, conta.

Técnica em agropecuária e administradora com ênfase em agronegócios, Heloísa apostou na produção consciente. “A gente decidiu cultivar a terra realmente e aprendeu a nutrir a planta para que ela não precisasse de veneno.”

Atualmente, a propriedade de Campos é toda certificada como orgânica. “Com a certificação a nossa vida mudou em relação ao ganho mesmo, a rentabilidade, porque a gente conseguiu agregar valor de até 70% dentro dos nossos produtos. Certificado é realmente rentável, sim.”

Diversificação é a força da pequena área

Além dos hortifrútis, o casal cultiva milho, feijão, mandioca, abacate, berinjela, batata-doce, cenoura e beterraba. “Daí surgiu a oportunidade da gente começar a produzir cebola e alho. E para nós passou a ser muito rentável”, explica Campos.

No último plantio, foram 5 mil metros de alho — cerca de 10 mil quilos colhidos. O milho plantado é especial: “É um milho que vai ficar verde por mais tempo, e, além disso, eu também tenho valor agregado para vender ele seco.”

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Organização e qualidade de vida no campo

Com clientes em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Curitiba, Heloísa mantém tudo bem planejado.

“Nós temos uma programação de plantio em relação à nossa comercialização porque nós já temos os nossos clientes e nós programamos essa comercialização junto com eles.”

Além disso, o cuidado com o futuro também é uma prioridade: “Tenho dois filhos. E eu preciso que eles entendam o quanto é importante a gente produzir de maneira sustentável. A natureza não se regenera sozinha para sempre”, diz a produtora.

Para colher tantos bons produtos, Campos ressalta que recebe assistência: “o Sebrae/PR nos oferece assistência técnica na agricultura — do campo à comercialização —, entrando na gestão financeira. Tudo isso agrega muito valor ao município e, principalmente, à nossa propriedade, que é de agricultura familiar.”

A história de Heloísa de Fátima da Silva Campos, mostra que a agricultura familiar, é fundamental. Com técnica, amor e visão, ela cultiva mais que alimentos: planta consciência, colhe autonomia e inspira um futuro sustentável.

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