Internacional

Alegada violação em grupo de universitária reacende alarmes na Índia

Segundo a agência local indiana ANI, uma estudante denunciou ter sido agredida na terça-feira passada dentro do ‘campus’ universitário na cidade do leste do país, tendo a polícia detido três pessoas relacionadas com o caso, pedindo ainda para prosseguir com a investigação.

 

A Comissão Nacional para as Mulheres (NCW, em inglês) da Índia tomou conhecimento do caso e solicitou um relatório urgente às autoridades.

O caso desencadeou uma disputa política entre o partido no Governo, o nacionalista hindu Bharatiya Janata Party (BJP), e o partido regional no poder All India Trinamool Congress (AITC), da oposição.

O BJP, de Narendra Modi, acusou o governo estadual de inação, enquanto o AITC, num comunicado, defendeu a ação policial e renovou o apelo para implementar a lei anti-violação “Aparajita”, bloqueada, segundo afirmam, pelo executivo central, e que visa acelerar os processos judiciais por crimes sexuais e endurecer as penas.

Pequenos grupos de mulheres e ativistas reuniram-se em frente ao ‘campus’ da universidade para exigir justiça e maior proteção para as mulheres, num contexto marcado por uma crescente preocupação com a segurança nos espaços educacionais e de trabalho.

Esta denúncia coincide com a descoberta, já hoje, do corpo enterrado de uma mulher no estado de Haryana, no norte do país, supostamente violada e assassinada pelo sogro em abril, segundo o canal indiano NDTV, noutro caso de violência sexual brutal no país.

Ambos os episódios são conhecidos quase um ano após o assassínio de uma médica num hospital de Calcutá, um crime que desencadeou uma onda de indignação nacional e voltou a colocar em causa a resposta do sistema judicial aos casos de violência de género no país mais populoso do mundo. 

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