António Costa, que falava na abertura da 30ª. Cimeira UE-Japão, a decorrer em Tóquio, lembrou ao primeiro-ministro nipónico, Shigeru Ishiba, os “valores partilhados e interesses comuns” que unem os dois parceiros.
“O Japão é o nosso parceiro mais próximo no Indo-Pacífico. Gostaria de sublinhar a força da parceria UE-Japão”, afirmou o presidente do Conselho Europeu, sublinhando que “mais do que nunca, o mundo precisa dessa parceria mais estreita”.
Destacando “a profundidade da cooperação bilateral e a estreita coordenação no G7 [grupo do sete países mais industrializados do mundo] e em numerosos fóruns multilaterais”, António Costa, considerou que a parceria UE-Japão já “constitui um modelo estável de cooperação que promove a paz, a democracia, uma ordem internacional baseada em regras e o multilateralismo”.
Para o responsável da UE, o pilar fundamental da relação é a parceria dedicada à segurança e defesa.
Esta parceria, afirmou, tornou-se “ainda mais valiosa “num mundo cada vez mais instável e imprevisível”.
Por isso, o próximo objetivo já a ser trabalhado é “aumentar a prosperidade através do comércio e da inovação e reforçar a segurança económica e a resiliência da cadeia de abastecimento”.
O acordo de parceria económica UE-Japão é “um grande sucesso”, que permitiu aumentar os fluxos comerciais em 20% desde a sua implementação, lembrou António Costa.
“Agora, a nossa nova Aliança para a Competitividade vai reforçar ainda mais os nossos laços económicos”, concluiu.
Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, destacou a importância da cooperação entre o Japão e a União Europeia, sobretudo num ambiente global “complexo e incerto” devido às tensões políticas e comerciais.
O Japão e a União Europeia, em conjunto, representam quase um quarto do PIB global e 20% do comércio global de bens e serviços, o que reflete não só a sua força económica, mas também “a confiança e a interdependência” da relação entre estas regiões, “geograficamente separadas, mas unidas por valores partilhados”, afirmou.
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