OpiniãoPaulo Afonso

Ao nomear nova secretária de Saúde e evitar a transição, Marcondes age como se estivesse em mandato perpétuo

Nesta segunda-feira (11/11), o prefeito de Paulo Afonso, Marcondes Francisco, nomeou a advogada Lívia Gracielle como nova secretária de Saúde, em substituição a Alexei, que pediu exoneração do cargo em meio à maior crise de saúde que o município já enfrentou. Ao que parece, o prefeito age como se estivesse em um mandato perpétuo, ignorando a realidade e o colapso evidente da saúde pública da cidade.

Longe de demonstrar uma postura republicana, Marcondes opta por permanecer alheio à necessidade de iniciar uma transição ordenada. Com apenas 20 dias até a data legal para a transferência de governo, a cidade de Paulo Afonso enfrenta lixo acumulado nas ruas, unidades de saúde superlotadas, salários de profissionais atrasados e um sistema de transporte público caótico. Será que o prefeito ainda não percebeu que seu governo já perdeu o controle?

A nova secretária, cuja formação é em advocacia e pedagogia, chega para enfrentar uma pasta em situação crítica e com prazo curtíssimo para qualquer ação significativa. A pergunta que muitos se fazem é: qual será a resposta de Lívia Gracielle, caso seja questionada pela Câmara Municipal sobre o desgoverno da pasta? Dirá que “acabou de chegar”? A população de Paulo Afonso não pode esperar por desculpas; exige soluções para o colapso que se instala a cada dia, agravado pela falta de liderança e de planejamento na saúde pública.

Fica claro que, ao nomear uma nova secretária sem qualquer intenção de facilitar a transição, o prefeito optou pelo descaso. Em uma postura que beira o autoritarismo, ele parece sugerir que Paulo Afonso não faz parte da República. A saúde do município, assim como seus cidadãos, merece mais respeito. Afinal, cada dia que passa sem uma solução é mais um passo em direção a um verdadeiro colapso.

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