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Após negar cargos e contratos, prefeito Mário Galinho enfrenta articulação de vereadores para “engessar” orçamento de 2026

Vereadores de Paulo Afonso (BA), com apoio de parlamentares da base do governo municipal, estão articulando uma manobra política para reduzir o poder de remanejamento orçamentário da Prefeitura no exercício de 2026. A informação foi apurada com exclusividade pelo jornalista Moisés Faraj, da Ilha News, após dois meses de investigação nos bastidores da Câmara Municipal.

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, o plano dos vereadores é alterar o percentual de remanejamento orçamentário permitido ao Executivo — atualmente de 100% — para apenas 30%, o que na prática limitaria a capacidade de gestão do prefeito Mário Galinho (PSD) sobre os recursos municipais.

Segundo interlocutores próximos às negociações, a articulação seria uma resposta à resistência do prefeito em atender pedidos de cargos e contratos por parte de alguns vereadores.

“Alguns vereadores querem contratos, e o prefeito disse que não vai aceitar isso, que não vai cometer os mesmos erros das gestões passadas”, afirmou uma fonte ao Ilha News.

A medida, caso seja aprovada, poderá colocar o prefeito em uma situação delicada. Fontes apontam que o objetivo seria “engessar” as contas públicas e obrigar o Executivo a negociar constantemente com o Legislativo para realizar qualquer ajuste financeiro durante o ano.

“Ao aplicar os 30%, os vereadores engessam o orçamento e deixam o prefeito refém de negociações todas as vezes que precisar fazer um remanejamento”, explicou outra fonte com acesso às discussões internas.

A votação da proposta deve ocorrer durante a apreciação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, documento que define como o município aplicará os recursos públicos no próximo ano.

O que é a LOA

A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o instrumento que define, de forma detalhada, onde e como o governo municipal aplicará as receitas públicas ao longo do ano seguinte. Ela estabelece as despesas e investimentos da administração, com base nas diretrizes previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A LOA contempla três grandes áreas: fiscal, seguridade social e investimentos, sendo essencial para o funcionamento da máquina pública e execução de políticas públicas.

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