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Ausência de Alcolumbre e Motta expõe desgaste entre Congresso e Planalto

A ausência de Davi Alcolumbre e Hugo Motta na cerimônia que sancionou a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil deixou evidente o clima de ruptura entre Congresso e Palácio do Planalto. Alcolumbre, contrariado pela escolha de Messias para o STF, rompeu diálogo até com o líder governista Jaques Wagner. Cumpriu a promessa de reagir e aprovou a “pauta-bomba” de R$ 24,7 bilhões.

Hugo Motta também decidiu se afastar e rompeu publicamente com Lindbergh Farias ao afirmar que não deseja “nenhum tipo de relação” com o parlamentar. O movimento ampliou o desgaste, que ganhou contornos mais graves após a declaração presidencial de que o “Congresso nunca teve qualidade tão baixa”, irritando deputados e senadores.

Mesmo assim, Lindbergh tentou minimizar a ausência classificando-a como “questão menor”, revelando o descompasso do governo com a realidade política. A crise, antes subterrânea, agora se mostra aberta, alimentada pela sucessão de gestos que evidenciam a fragilidade da articulação e a perda de apoio dentro das duas Casas.

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