Agro

BNDES aprova R$ 800 milhões para cooperativa agrícola

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 800 milhões para financiar a construção de uma nova unidade de processamento de soja da Cooperativa Agrícola Sul Mato-Grossense (Copasul) em Naviraí (MS). O investimento total no projeto é de R$ 1,4 bilhão.

A nova unidade da cooperativa terá capacidade para processar até 988 mil toneladas de soja por ano e também incluirá um complexo para recebimento, armazenagem e expedição de grãos.

A Copasul movimentou mais de 1,2 milhão de toneladas de soja em 2023.

Na avaliação do diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, “o apoio à cooperativa está alinhado à estratégia de ampliar os investimentos em armazenagem nas diversas regiões do país, além de contribuir para fortalecer a competitividade do complexo agroindustrial brasileiro”.

Gordon diz que o déficit na capacidade estática de armazenagem do Brasil é de cerca de 126,9 milhões de toneladas, o que reforça a importância do investimento, especialmente em regiões onde há maior defasagem.

O financiamento é o primeiro contratado pelo BNDES diretamente com a Copasul e foi viabilizado com uma combinação de diferentes instrumentos.

A maior parte do valor é financiado com recursos do próprio Banco, pela linha BNDES Finem, sendo o restante complementado por programas agrícolas do Plano Safra.

BNDES cria fundo

O BNDES anunciou hoje a criação de um novo Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) em parceria com a AGI Brasil, empresa que atua na fabricação de equipamentos para armazenagem de granéis, e com a gestora de recursos Opea Capital. O objetivo do fundo é financiar a compra de equipamentos de manuseio e armazenagem de grãos, com foco no segmento de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).

O BNDES aportará até R$ 175 milhões no FIDC, por meio da subscrição de cotas do fundo. O valor total do fundo poderá chegar a R$ 250 milhões, com perspectiva de financiar investimentos ao longo de dois anos.

“O FIDC busca fortalecer as operações da AGI no Brasil, disponibilizando crédito com condições atrativas para que seus clientes, principalmente produtores rurais, cooperativas agroindustriais e cerealistas de pequeno e médio porte, possam realizar investimentos em projetos de armazenagem agrícola”, explica Natália Dias, diretora de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do BNDES.

O FIDC oferecerá condições mais vantajosas para regiões em que há maior déficit de armazenagem, com taxas de juros a partir de CDI + 1,51% ao ano. O fundo prevê também que pelo menos 60% do valor investido em direitos creditórios seja direcionado ao segmento de MPMEs.

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