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Bolsonaro reage a Cid e aponta possível cerceamento de defesa

Frente ao depoimento de Mauro Cid ao STF, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda (9) que sua defesa atua sem acesso integral aos autos. Cid, como delator, confirmou que Bolsonaro discutiu com militares uma minuta para anular a eleição. Ao ser abordado, Bolsonaro evitou o confronto direto: “Não vou confrontar o Cid aqui. Depois a gente vai falar com vocês”.

Cid detalhou que o rascunho do decreto previa a prisão de autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes, cujo nome teria sido mantido por Bolsonaro em uma revisão. O militar também relatou a existência de forte pressão de outros oficiais para que os comandantes das Forças Armadas apoiassem a medida de ruptura institucional.

Questionado sobre a articulação, Bolsonaro foi taxativo: “Desconheço. Meus advogados não conseguiram ter acesso a todas as informações ainda”. Ele rememorou as crises da época, como a paralisação dos caminhoneiros e o risco de um “caos econômico”, sugerindo que o foco do governo era administrar o país, e não conspirar.

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