O general Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid apresentaram versões diferentes durante acareação no Supremo Tribunal Federal, realizada nesta terça-feira (24). Cid declarou que Braga Netto teria entregue uma sacola com dinheiro no Palácio da Alvorada, após reunião sobre a permanência de Jair Bolsonaro na Presidência. O valor teria sido destinado à estadia de manifestantes em Brasília. Braga Netto, no entanto, negou o repasse.
Segundo o general, Cid foi orientado a procurar o tesoureiro do PL, que informou não haver recursos disponíveis. Cid afirmou que não viu o conteúdo da sacola, mas estimou o valor com base no peso. Disse ainda que omitiu o episódio em depoimento anterior por estar abalado. Outro ponto de divergência envolve a reunião de 12 de novembro: Cid relatou levar coronéis insatisfeitos até Braga Netto, que classificou o encontro como visita de cortesia.
A sessão foi conduzida presencialmente pelo ministro Alexandre de Moraes e acompanhada por Luiz Fux. A audiência, que não foi gravada, ocorreu a portas fechadas e teve a presença das defesas. As divergências apontadas seguem sob análise no inquérito que apura os acontecimentos posteriores à eleição de 2022.