O ex-ministro Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de reeleição de Jair Bolsonaro, foi identificado pela Polícia Federal como membro de dois grupos de uma organização criminosa. Essa organização teria tentado realizar um suposto golpe de Estado. Tanto Braga Netto quanto Bolsonaro, além de outras 35 pessoas, foram indiciados pela PF, mas ambos negam as acusações que lhes foram imputadas.
A investigação da PF revelou que Braga Netto estaria vinculado a um núcleo que buscava incitar militares a se unirem ao golpe, além de fazer parte de um grupo de oficiais de alta patente que tinha a função de influenciar e apoiar outras facções. O primeiro núcleo tinha como meta selecionar alvos para intensificar ataques pessoais contra militares que se opunham às ações golpistas, enquanto o segundo se dedicava a fomentar apoio entre os demais grupos.
Em resposta às alegações, Braga Netto divulgou uma nota no sábado (26) onde afirma que “nunca se tratou de golpe e muito menos de plano de assassinar alguém” e que sempre buscou agir com ética e moralidade na busca por soluções que respeitassem a legalidade e a Constituição.