Indícios de ADN e impressões digitais encontrados no local do crime foram considerados provas irrefutáveis para a condenação de Ryland Headley como o homem que violou e matou Louisa Dunne há 58 anos, afirmou hoje a procuradoria da coroa britânica (Crown Prosecution Service, CPS na sigla em inglês).
Ryland Headley terá violado e estrangulado até à morte Louisa Dunne, na sua casa em Bristol, no sudoeste de Inglaterra, em 28 de junho de 1967, segundo as investigações da polícia.
Dunne, a vítima, tinha 75 anos de idade na altura e Headley, o agressor, 34 anos.
A descoberta durante a revisão do caso iniciada em 2023 pela polícia de Avon e Somerset só foi possível graças a um exame forense moderno, indisponível na altura.
A análise aos indícios de ADN encontrados nas roupas que Louisa Dunne vestia corresponde às amostras recolhidas de Ryland Headley após a sua detenção por duas violações em 1977.
Quatro peritos em impressões digitais analisaram ainda uma impressão parcial da mão, entre o pulso e a base do dedo mindinho, que foi descoberta numa janela nas traseiras da casa de Louisa Dunne, e concluíram que coincidia com a palma da mão de Ryland Headley.
O cadastro criminal do arguido contribuíram para o caso, pois foram encontradas semelhanças com outros dois ataques que fez dez anos mais tarde, em 1977, quando invadiu a casa de duas mulheres idosas, de 70 e 80 anos, em Ipswich e violou-as.
A procuradora Charlotte Ream afirmou que o veredicto hoje decidido pelo júri no tribunal criminal de Bristol “é uma demonstração do empenho da CPS e dos parceiros na polícia em fazer justiça às vítimas de crimes, independentemente do número de anos – ou décadas – que tenham passado”.
A sentença será determinada na terça-feira no mesmo tribunal.
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