A programação da quarta edição do Cacauicultura 4.0 foi aberta com a presença de produtores, pesquisadores, empresários, investidores nacionais, internacionais e autoridades, no final da tarde desta quinta-feira (10), em Barreiras, no Oeste da Bahia.
Pablo Barrozo, secretario de agricultura da Bahia destacou o potencial produtivo e as dificuldades enfretadas pelos produtores.
“Nós temos as dificuldades, mas nós sobrepomos essas dificuldades com muito trabalho. Foi assim com a soja, com o algodão, com o café. O cacau está trazendo isso. Nós estamos produzindo cada vez mais na Bahia. Aqui nós temos água, nós temos sol e nós temos a capacidade do agricultor.
Também presente no evento, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues sobre o diferencial do cacau baiano.
“Para o Oeste é mais uma cultura no potencial que essa região tem. E agora o cacau, então já está comprovado que a fruticultura se dá bem aqui. A expectativa realmente é a gente garantir uma produtividade como nós já temos hoje. Essa produtividade vai se evidenciando.”

O objetivo do evento é promover com especialistas do setor uma imersão do conhecimento, com foco na inovação e nas novas fronteiras da cultura cacaueira na região tradicionalmente conhecida pela produção de grãos em larga escala. Incentivo importante, como ressaltou Paulo Marrocos, coordenador geral de pesquisa e inovação da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), uma vez que o Brasil desempenha um papel essencial na produção mundial de cacau.
“Nós temos um sistema robusto de cacau-chocolate, ou seja, a gente produz desde a amêndoa de cacau até o chocolate. Isso funciona perfeitamente bem. Todos estão interessados em saber dos nossos materiais genéticos, que dá uma diversificada muito grande no chocolate, que eu penso que vai ter chocolate cada vez mais diferenciado em função dos nossos materiais. Isso é super importante nesse momento.”, disse o pesquisador.
De acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do IBGE mais recente, a Bahia voltou a ter a maior produção de cacau em amêndoa do país. Em 2023, foram 139 mil toneladas, número que reforça o protagonismo do Estado no setor.
Crescimento de plantio em áreas não tradicionais
Durante o discurso, Moisés Schmidt, presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), disse que o plantio de cacau em áreas não tradicionais no Bahia ultrapassou 1.500 hectares, e que até o final de 2026 deve superar 5 mil hectares.
“Cacauicultura 4.0 é isso, vem trazendo esse diferencial, essa robustez e investimento nessa região também, para que a gente possa suprir essa demanda existente de cacau a nível global. E a Bahia, protagonista disso, pula na frente e lança há quatro anos atrás esse evento, que agora é realidade, esse cacau a pleno sol, com alta tecnologia e alta produtividade, como eu tenho falado”, disse Schmidt.
A programação do evento segue até este sábado (12), com um dia de campo na Fazenda Santa Helena, em Riachão das Neves (BA).
No local, os participantes poderão conferir de perto os 150 hectares de lavouras de cacau irrigadas, trocar experiências com especialistas e conferir demonstrações tecnológicas.
Durante a cerimônia, a empresa BioBrasil Produção de Mudas realizou a doação simbólica de 150 mudas de cacau ao Instituto do Câncer do Oeste da Bahia (Icob).
A iniciativa tem caráter social: a renda obtida com a comercialização das mudas será destinada à campanha de construção da sede do Hospital do Câncer, em Barreiras.
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