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Carnaval pode passar a ter data fixa; entenda

O Carnaval de 2025 será celebrado no dia 4 de março, antecedendo a Páscoa, que ocorrerá em 20 de abril, por um intervalo de 46 dias 47 dias (se o ano for bissexto). Tradicionalmente, a terça-feira de Carnaval é vista como um dia de descanso, sendo o Rio de Janeiro o único estado brasileiro que reconhece essa data como feriado oficial. Em outras localidades, a legislação pode variar, permitindo que o Carnaval seja considerado feriado em algumas cidades. Na cidade de São Paulo, os dias 3 e 4 de março, além da quarta-feira de Cinzas, em 5 de março, são tratados como pontos facultativos. Isso significa que as empresas e instituições têm a liberdade de decidir se irão ou não conceder folga aos seus funcionários. Essa flexibilidade permite que muitos aproveitem o feriado prolongado para participar das festividades.

A data do Carnaval é variável, uma vez que está diretamente relacionada à celebração da Páscoa. A Páscoa cristã é determinada pelo primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre na primavera. Essa relação entre as datas foi estabelecida no Primeiro Concílio de Niceia, realizado em 325 d.C., com o objetivo de garantir que a Páscoa cristã não coincidisse com a Páscoa judaica. Contudo, tanto Carnaval quando a Páscoa podem passar a ter uma data fixa, porque o Vaticano se mostrou disposto a fazer com que o feriado caia sempre no mesmo dia. Em janeiro deste ano, o papa Francisco afirmou que a igreja está pronta para alterar seu calendário litúrgico e determinar uma data fixa para a Páscoa, o que faz com que, se isso acontecer, o Carnaval também não seja mais móvel.

“A Igreja Católica está disposta a aceitar a data que todos desejarem, uma data de união”, disse Francisco. “De forma providencial, a Páscoa será celebrada neste ano no mesmo dia nos calendários gregoriano e juliano, durante este aniversário ecumênico”, destacou o papa, referindo-se ao Concílio de Niceia, que ocorreu há 1.700 anos e é considerado o primeiro concílio destinado a resolver os problemas entre as Igrejas. “Renovo meu chamado para que essa coincidência sirva de lembrete a todos os cristãos para darem um passo decisivo rumo à união, e isso em torno de uma data comum para a Páscoa”, concluiu Francisco. A data da celebração da Páscoa é calculada, dependendo da Igreja, segundo o calendário juliano ou gregoriano, o que pode provocar uma diferença de semanas.

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