Internacional

Chapo na conferência da ONU sobre financiamento ao desenvolvimento

“O chefe de Estado irá participar na IV Conferência Internacional das Nações Unidas sobre o Financiamento ao Desenvolvimento, a decorrer em Sevilha, Espanha”, lê-se no comunicado da Presidência de Moçambique, enviado à comunicação social.

 

Mais de 60 líderes mundiais e 4.000 representantes da sociedade civil reúnem-se na próxima semana em Sevilha para relançar a ajuda ao desenvolvimento, que tem atualmente um défice de quatro biliões de dólares anuais, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

O Presidente de Moçambique participará da conferência da ONU no âmbito de uma visita de trabalho à Espanha, que se realiza entre 29 de junho e 03 de julho.

Segundo a Presidência de Moçambique, o evento vai reunir líderes políticos, financeiros e comerciais para abordar as questões que “flagelam o desenvolvimento global e a ajuda ao comércio e à dívida”.

“Nesta conferência será adotado o ‘Compromisso de Sevilha’, que se afigura um plano para o financiamento do desenvolvimento para a próxima década”, refere a Presidência.

O chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, estará acompanhado por alguns ministros, entre os quais a dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria dos Santos Lucas, das Finanças, Carla Loveira, e da Economia, Basílio Muhate.

A 4.ª Conferencia Internacional sobre Financiamento ao Desenvolvimento (FFD4) da ONU decorre de segunda a quinta-feira, dez anos depois da anterior, na Etiópia, em 2015.

O objetivo agora é “renovar o quadro do financiamento global ao desenvolvimento”, num momento de “graves tensões geopolíticas e conflitos” e quando “estão gravemente atrasados” os objetivos acordados pela comunidade internacional na Agenda 2030, lê-se no texto “Compromisso de Sevilha”, a declaração já negociada no seio da ONU que deverá ser formalmente adotada na próxima semana.

Ao longo de 68 páginas, o “Compromisso de Sevilha” enfatiza também que só o reforço do multilateralismo, da cooperação internacional e de instituições como a ONU pode responder à necessidade urgente de erradicação da pobreza e enfrentar os impactos das alterações climáticas, especialmente graves nas regiões do mundo mais pobres.

O documento deverá ser complementado com anúncios unilaterais de diversos países durante a conferência e de ações mais concretas a desenvolver no âmbito da “Plataforma de Sevilha para a ação”, que será apresentada na próxima semana.

A conferência de Sevilha “é uma oportunidade única para reformar o sistema financeiro internacional”, que é hoje obsoleto e disfuncional, disse recentemente o secretário-geral da ONU, António Guterres, acrescentando: “Neste contexto turbulento, não podemos deixar que as nossas ambições se evaporem”.

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