Os dois países “estabeleceram as bases para um cessar-fogo efetivo e consolidaram uma paz duradoura”, escreveu o ministério chinês dos Negócios Estrangeiros (MNE) num comunicado publicado na noite de quinta-feira no seu portal na internet.
“Atualmente, a situação na fronteira entre o Camboja e a Tailândia continua a melhorar, o que demonstra plenamente que o diálogo e a consulta são o caminho correto para a resolução de disputas”, diz o texto.
“A China, mantendo uma posição justa e imparcial, apoia o Camboja e a Tailândia no fortalecimento da sua comunicação e na gestão adequada das suas diferenças”, prossegue o MNE chinês.
“Estamos dispostos a continuar a desempenhar um papel construtivo na resolução pacífica da disputa fronteiriça entre o Camboja e a Tailândia”, acrescenta a mensagem.
Os exércitos da Tailândia e do Camboja assinaram um acordo de cessar-fogo em 29 de julho, mediado pela Malásia, presidente em exercício da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático), organização a que pertencem ambos os países, e contando com a China e os Estados Unidos como observadores.
O acordo pôs fim a cinco dias de intensos confrontos em vários pontos da fronteira, com tiros, lançamento de projéteis e bombardeios, que deixaram 44 mortos e milhares de deslocados.
O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, informou esta quinta-feira que o Camboja e a Tailândia concordaram em manter o cessar-fogo, no final de uma reunião em Kuala Lumpur que contou com a presença dos ministros da Defesa do Camboja e da Tailândia, respetivamente, Tea Seiha e Nattaphon Narkphanit.
Banguecoque e Phnom Penh, cuja fronteira foi cartografada pela França em 1907, quando o Camboja colónia francesa, arrastam uma disputa territorial histórica, que se intensificou em maio passado com a morte de um soldado cambojano num confronto entre os dois exércitos numa zona reivindicada por ambas as partes.
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