A CNN volta ao centro das críticas ao anunciar patrocínio ao Fórum de Doha, que reunirá figuras conhecidas por discursos hostis aos Estados Unidos e a Israel. Entre os convidados está o ministro iraniano Javad Zarif, entrevistado por Christiane Amanpour, que em outubro declarou que reféns do Hamas foram “provavelmente tratados melhor que gazenses”. Também participam Trita Parsi e Mustafa Barghouti, que acusa Israel de “genocídio enorme”.
A relação da emissora com o emirado se estreitou em fevereiro de 2025, quando o Qatar passou a financiar, com “vários milhões de dólares por ano”, a instalação de um bureau da rede no Media City Qatar. O primeiro programa produzido ali, “CNN Creators”, exibiu conteúdos que se assemelham a promoção turística, exaltando mercados, perfumes e até gatos locais.
Embora a emissora alegue “controle editorial independente”, especialistas veem favorecimento evidente. Elliott Abrams alertou que “cobertura da política externa do Qatar será restringida” por acordos lucrativos. O país já despejou bilhões em universidades americanas e enviou 1,8 bilhão ao Hamas até 2023, aprofundando dúvidas sobre o impacto dessa parceria no noticiário internacional.
