A tentativa desesperada de conter a inflação por meio de tabelamento de preços ressurge como uma receita fracassada do passado. O senador Beto Fato apresentou um projeto para fixar valores mínimos para arroz, feijão e mandioca, ignorando as lições da história. Medidas semelhantes já levaram ao desabastecimento e à economia informal, resultando em prejuízos para a população. A obsessão por controle estatal nos preços não resolve o problema, apenas mascara a incompetência na gestão econômica.
A inflação crescente tem sido um dos principais fatores para a queda da popularidade do governo, e a solução proposta não passa de um paliativo ineficaz. A verdade é que a alta dos alimentos é reflexo de políticas fiscais equivocadas e da falta de incentivo à produção. Ao invés de permitir que o mercado se ajuste com mais oferta e menos burocracia, insiste-se em medidas intervencionistas que já mostraram seu fracasso em outras épocas.
Enquanto isso, o governo segue atolado em polêmicas e crises, sem apresentar soluções reais para reverter a situação econômica. Discursos vazios e projetos sem fundamento prático apenas agravam o problema. Se o foco não for a redução de impostos e o incentivo à produção, a população continuará pagando o preço da ineficiência governamental.
O texto ainda vai além ao afirmar que:
“No caso de variação negativa dos preços no mercado internacional e ou do dólar americano, os preços mínimos para arroz, feijão e mandioca terão como piso os respectivos custos de produção e rentabilidade mínima aos produtores”.
Na justificativa, o senador argumenta que o projeto de lei visa “possibilitar maior simetria na atratividade econômica, para os cultivos do arroz, da mandioca e do feijão, relativamente aos níveis de atratividade do mercado externo”.
Esses produtos integram o núcleo da dieta básica da população e, juntamente com a sua ampla diversidade de subprodutos são definidores da história da culinária brasileira com efeitos importantes na nossa própria formação cultural”, argumenta o senador.
“É necessário buscar um meio institucional de sanar esses efeitos erosivos sobre a base produtora desses alimentos nucleares sob pena do agravamento dos riscos para segurança alimentar no Brasil. Sem essa proteção de cunho estrutural os estímulos financeiros via planos safra anuais da agricultura familiar não são capazes de sustentar estratégia consistentes de recuperação da oferta desses produtos”, acrescenta o parlamentar.