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CPMI do INSS pressiona Planalto e expõe rachaduras na base aliada

A instalação da CPMI do INSS tornou-se um caminho sem volta após pressão do Congresso e da opinião pública. O governo já admite a inevitabilidade da comissão e busca controlar seus rumos, tentando manter o presidente Lula fora da linha de tiro. A estratégia é ocupar postos-chave e transferir a culpa das fraudes para gestões anteriores, especialmente o governo Bolsonaro.

O escândalo envolve descontos indevidos em benefícios de mais de 950 mil aposentados, realizados por entidades fantasmas. O prejuízo pode ultrapassar bilhões. A crise já derrubou o ex-ministro Carlos Lupi e levou à operação da PF. Em audiência no Senado, o ministro Wolney Queiroz responsabilizou medidas de 2019 a 2022. Sergio Moro retrucou: “Está tentando acobertar um esquema de fraude”.

A base governista, rachada, se divide entre o desejo de apuração e o esforço para preservar o Planalto. A CPMI promete ser palco de confrontos duros e, se avançar, pode expor falhas graves que o governo tenta empurrar para debaixo do tapete.

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