A defesa do general Walter Braga Netto solicitou nesta terça-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal a revogação da prisão preventiva, alegando o fim da fase de instrução. O ex-ministro, que está detido desde 14 de dezembro na Vila Militar do Rio, foi o último a ser interrogado entre os réus do chamado “núcleo crucial”.
Segundo os advogados, “diante da atual situação fático-processual”, não há mais fundamento legal para manter a prisão. Braga Netto é acusado de tentar obter informações sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid, o que teria configurado obstrução de justiça. Durante o interrogatório, o general negou qualquer tentativa de contato com o pai de Cid e refutou envolvimento com transferências de valores ou ataques virtuais às Forças Armadas.
Ele também repudiou a acusação de integrar plano para assassinar autoridades. “Eu sou um democrata. Eu nunca iria participar ou apoiar um plano que falasse de atentado contra autoridades”, afirmou.